quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Finalmente está chegando o final do estágio e com isso mais uma fase de tantas aprendizagens que se encerra. De toda a vivência, neste semestre fica a certeza de que a inclusão, a aceitação do "diferente", é um processo que envolve mais do que os alunos da turma e a professora e sim todo o grupo de convívio, tanto familiar, escolar, governamentale e de especialistas que diretamente ou indiretamente fazem parte de cada caso. É preciso uma união de forças para que os direitos sejam assegurados e respeitados por todos e acima de tudo que cada indivíduo tenha dentro de si o amor incondicional por seus semelhantes.


"sem a mobilidade dos grupos envolvidos, isto é, família, professores, especialistas, enfim, todos os sujeitos que se vinculam no cotidiano escolar, pouco se poderá esperar em termos da aplicação do projeto da educação inclusiva através de práticas efetivas de inclusão escolar."
(Beyer, 2005, p. 9)

sábado, 20 de novembro de 2010

É importante um bom começo de trabalho com os alunos sobre as diferenças, quando pequenos, mesmo que na sala não tenha alunos de inclusão, pois se um dia essas crinaças virem a ter um colega cadeirante, ou com outra limitação, certamente não ficarão estarrecidos, já terão um trabalhado isso, terão noção do diferente, assim poderão aceitar e respeitar com mais naturalidade.Afinal, a diversidade inclui todos os alunos de uma sala de aula, pois todos são diferentes. Há também entre as próprias crianças o preconceito em relação àquelas mais pobres, que vem para a escola mal vestidas...



"As bases pedagógicas propostas na Educação Inclusiva envolvem o desvelamento de muitas das inúmeras situações adversas que contribuiram para a exclusão histórica e cultural destes alunos provenientes de camadas da socieciedade consideradas marginalizadas. Um dos seus principais objetivos é, justamente, o de propor que o processo de inserção destes alunos envolva a escola em direção ao redimensionamento do seu papel e funções. Ao professor caberá pautar suas ações em um campo de atuação que vai além da mera transmissaõ de conhecimentos. Por conseguinte, ele será exigido a pensar o espaço da sala aula como um ambiente educativo desafiador, baseado na cooperação, na solidariedade e no respeito às diferenças". (Pistóia, 2002, p. 4 - 5)
"Para a definição de diversidade, envolvemos a natureza das diferenças: intelectuais, de gênero, de idade, de raça, de classe social, motoras, sensoriais, de personalidade, culturais (nacionais ou regionais)
A diversidade significa mais possibilidades de adaptações e, portanto, mais possibilidades de sobrevivência como espécie".(Pistóia, 2007, p.2)

A maioria dos professores fala que tem um aluno de inclusão, quando este é cadeirante, cego, mudo, ou outro caso parecido e esquece que aqueles alunos com problemas comportamnetais sérios como é o caso de uma colega minha, que diz que tem uma só inclusão: uma cadeirante. Esse menino tem problemas com a família e desde o maternal 1 já se destacava dos demais por ser ativo demais e muito desobediente. Nesse caso, acontece uma exclusão com ele, pois é deixado de lado, come em mesa separada, fica de castigo o tempo todo. E o que fazer? A professora fica de mãos amarradas por não ter orientação nenhuma de como trabalhar com essa criança.
Aquilo que vivenciamos durante toda as nossas relações, comporá a nossa história, seremos assim ou assado se tivermos a oportunidade de viver desse ou daquele modo. Se a criança em suas relações na família, na escola, comunidade e outros conviver com idéias preconceituosas, absorverá todo esse aparato como correto e agirá assim na sua vida. Portanto a escola sozinha não pode mudar a criança, é preciso que haja uma interação, um trabalho conjunto entre todos que fazem parte da vida dessa criança.



"A nossa história é a história das nossas interações.

Para cada ser vivo esta história resulta num caminho específico de mudanças estruturais. A ontogenia de todo ser vivo consiste em sua contínua transformação estrutural e é um processo que ocorre sem interromper a identidade nem o acoplamento estrutural do organismo ao meio. Ele segue um curso particular selecionado pela sequência de mudanças estruturais desencadeadas por sua história de interações. A natureza cognitiva do ser humano é compreendida como o amplo espectro no qual o ser humano encontra-se com sua identidade.'(Pistóia, 2006, p. 7)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conforme Craidy e Kaercher: “A criança expressa-se pelo ato lúdico e é através desse ato que a criança carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de se renovar a cada nova geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada novo brincar”. (2001, p. 102)
O meu estágio foi todo desenvolvido a partir de brincadeiras, bem lúdico, pois nessa idade é importante o brincar e através desse brincar podemos trabalhar temas diversos, proporcionando atividades em que possam adquiiri valores importantes para a sua formação.

sábado, 6 de novembro de 2010

Preconceito


Desde o começo do estágio, fiquei analisando cada fato que ocorria na sala, alguma fala das crianças, ações, atitudes, ou reações da própria família e mais ainda heguei à conclusão de que a discriminação vem de casa. Quando confeccionamos bonecos para visitar as famílias, com a intenção de maior aceitação das crianças e suas famílias à diversidade, alguns alunos não estavam presentes, pois estavam com catapora, foi uma pena, porque quando chegaram os bonecos já estavam prontos e não tinham o mesmo significado que para aqueles que ajudaram na sua construção. No retorno às aulas, uma menina, Luisa,olhou para a boneca negra e perguntou o que era, perguntei o que achou, ela disse que não gostou e que era feia e que não queria pegá-la. Contei para ela toda a história dos bonecos, falei do amor e carinho que todos estavam dispensando aos bonecos, e depois ela acabou dizendo que gostou. Disse que ela também iria levar a Lilica (boneca negra) para casa, que poderiam dormir juntas... Ela disse que não tinha espaço na cama dela.
Depois ainda cedo para levar a boneca, pois primeiro eu gostaria de trabalhar mais um pouco com a menina essa questões, Luisa levou a boneca, pois as educadoras da tarde esqueceram de mandar para outra menina e mandaram para ela. No outro dia falei para uma colega que achava que a mãe da menina iria escrever na agenda da boneca, todas essas coisa ruíns, que ela não gostou, achou feia... E foi o que aconteceu, a mãe escreveu na agenda, sendo que deveria conversar com a menina dizer que a boneca é bonita, diferente, que veio visitá-la para ficarem amigas... Na cidade, há poucas pessoas negras, os habitantes são na sua maioria descendentes de alemães e italianos, é raro se ver negros nas turma da nossa escola, e mesmo assim, os que tem não têm a pele muito escura. Os pais passam para as crianças suas idéias preconceituosas, ao invés de orientar, eles acham graça quando a criança apresenta algum preconceito, reforçando ainda mais esses sentimentos nos filhos.