segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Temas Geradores

A partir das leituras realizadas, Frei Betto: "A leitura do mundo", "A dialocidade- essência da educação como prática de liberdade de Paulo Freire e o vídeo " A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freirana", se confirma a importância dos temas geradores na alfabetização de adultos. A valorização da cultura do aluno deve ser o ponto central do trabalho a ser desenvolvido com os mesmos, pois as experiências dos alunos tornam-se um rico meio de proporcionar a aprendizagem, já que estarão trabalhando assuntos do seu conhecimento e vivência, e os quais promovem a "leitura do mundo" defendida por Freire.

Ao ler o texto de Frei Betto, logo lembrei do tempo em que fui alfabetizada. E como dizia Freire, numa "Pedagogia dos Oprimidos", onde o professor era detentor do saber, e nós meros armazenadores de informações sem significações, onde não havia o diálogo. Aprendíamos: Eva viu a ave, Ivo viu a Eva e outras coisas sem significado. Palavras escolhidas ao acaso não fazem sentido para os alunos, se não estiverem agregadas a um contexto do seu interesse, onde ele saiba muito bem o que significa, a que se relaciona e a gama de relações a que essa palavra nos leva. Dentro dos temas geradores, Freire destaca que não devemos trabalhar conteúdos isolados, fora da realidade dos alunos, pois assim estaríamos praticando uma pedagogia dos oprimidos, não deixando que eles se expressem através do diálogo e participação. Os temas geradores levam a um repertório de indagações, debates e discussões a cerca dos mesmos. A idéia de Freire era trazer para os alunos uma concepção de mundo, onde se dessem conta da sua condição de oprimidos, lutando assim por sua libertação. No filme: “A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freireana”, fica claro a vontade dos alunos da EJA, de se libertarem, de se tornarem independentes, para poder atuar na sociedade sem discriminação. E de que forma proporcionar isso tudo ao nosso aluno se não levarmos em consideração a sua condição de cidadão inserido numa sociedade na hora de desenvolver uma pedagogia de alfabetização? É preciso que o professor trabalhe lado a lado com o aluno. E o diálogo, nessa interação é imprescindível, onde haja uma liberdade de expressão, onde os alunos se sintam à vontade para dizer o que sentem, suas vontades, seu anseios, e assim professor e alunos podem construir coletivamente o conhecimento.

Percebo com os meus alunos de maternal 1, em educação infantil, o diálogo constante, a vivacidade que eles tem, contando desde pequenos situações de sua vida, quando são questionados sobre alguma coisa. Então como cortar essa espontaneidade deles, se eles demonstram maior

interesse nas aulas, quando damos importância para aquilo que eles contam. Na alfabetização de jovens e adultos acontece da mesma forma, os alunos trazem uma bagagem muito grande de vivências que não podem ser descartadas, pelo contrário é através delas, que a aprendizagem vai fluir de forma mais significativa, com o diálogo constante entre todos.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

EJA

A questão da Educação de Jovens e Adultos é ainda hoje um desafio para muitos que ingressam nessa modalidade de ensino. Conforme o texto de Marta Kohl: “Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem": “esse território da educação não diz respeito a reflexões e ações educativas dirigidas a qualquer jovem ou adulto, mas delimita um determinado grupo de pessoas relativamente homogêneo no interior da diversidade de grupos culturais da sociedade contemporânea” (OLIVEIRA, 1999). A EJA não está relacionado somente à idade das pessoas que não tiveram acesso à escola regular no seu devido tempo, mas à especificidade cultural. Conforme o texto o adulto traz consigo uma bagagem repleta de vivências e reflexões sobre o mundo externo, que ao chegar na escola, nem sempre são considerados, havendo aí uma falta de sintonia entre o que a escola proporciona a esse aluno e o que ele espera dela. Muitas dificuldades são encontradas pelos alunos da EJA. Como explica o texto, os currículos, programas, métodos de ensino oferecidos pelas escolas foram originalmente criados para crianças e adolescentes que passam pela escola regular, e não voltados para a realidade dos adultos, o que pode atrapalhar o desenvolvimento do processo de real aprendizagem deles. Muitas vezes a evasão ocorre também por esses alunos trabalhadores não conseguirem conciliar a jornada diária de trabalho forçado com as aulas. É importante levar em conta a heterogeneidade dos alunos, suas habilidades, expectativas, anseios, sua realidade, para desenvolver uma proposta de educação significativa para o aprendizado e para a vida deles.
O quer se quer é que a escola lhes proporcione um ensino inovador, com profissionais qualificados, que permita aos alunos da EJA sentirem-se realizados e estimulados a continuar estudando, que os façam se sentir independentes, cidadãos de fato, com direitos e deveres, com possibilidades de crescimento e atuação na sociedade.

domingo, 25 de outubro de 2009

Trabalho por Projetos

Conforme o texto de Fernando Hernández, o trabalho por Projetos está vinculado com a perspectiva do conhecimento globalizado e relacional. O trabalho por Projetos favorece a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação e a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio. Os aspectos positivos e desafiadores do trabalho por Projetos são:

-valoriza o que o alunos já tem de conhecimento sobre o assunto, suas hispóteses (verdadeiras, falsas ou incompletas) frente ao assunto a ser abordado no projeto;

- promove a aprendizagem de forma prazerosa e desafiadora por ser do interesse dos alunos;

- proporciona um aprendizado interdiciplinar, envolvendo várias áreas do conhecimento; que possibilitarão a construção de aprendizagens que desencadearão novas aprendizagens;

- favorece a construção do conhecimento de forma coletiva, desenvolvendo a cooperação e respeito entre os integrantes do grupo;

- o professor auxilia os alunos no decorrer do Projeto, servindo como um desafiador e não como detentor do saber;

- desenvolve a autonomia dos alunos, na procura de informações para responder questões;

O trabalho com projetos é muito interessante tanto na Educação Infantil como nos Anos Iniciais. Porém o desenvolvimento é diferente entre eles, pois na educação infantil as crianças não sabem ler e escrever, é preciso que seja muito lúdico e concreto, com muitas imagens, fotos, materiais concretos, envolvendo a participação da família para ser mais significativa. Nos anos Iniciais podem ser desenvolvidas atividades mais diversificadas, sendo trabalhados conteúdos específicos.

Conforme o texto na Educação Infantil a criança aprende à construir definições de objetos e fatos, a partir de seus atributos e funções e a definir a funcionalidade destes objetivos e fatos. Nas Séries Iniciais compreende a explicação dos processos de transformação que há sobre os fatos e a relação existente entre eles, estabelecendo relações causais ou funcionais sobre eles e a abordagem que os alunos fazem das informações, ordenando-as e dando-lhes significações.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Perguntas e mais perguntas...

Desde de cedo, logo que começam a falar, as crianças já começam a perguntar, perguntam sobre tudo. Ao interagir com o mundo e com as descobertas de novas situações a cada dia, formulam respostas, algumas certas e outras erradas, num processo natural no decorrer do seu desenvolvimento. Conforme o texto "Revisando os Projetos de Aprendizagem em tempos de web 2.0" ..."a escola deveria oferecer situações em que os alunos fossem instigados a seguir fazendo perguntas e a buscar explicações para os problemas que se colocam e desafiá-los..." E os PAs são uma ótima opção para que os alunos perguntem mais e possam construir conhecimento partindo de questões formuladas por eles, que surgem a partir da sua história, dos seus valores, dos seus interesses e que a partir do momento que são trazidas para o trabalho pedagógico na escola, se tornam fontes ricas de aprendizagens. Dessa forma haverá agrupamentos de alunos por interesses, onde haverá uma troca muito válida, em que todos poderão aprender o que realmente lhes interessa, trabalhando as diferenças e aceitação de opiniões diferentes, na construção do conhecimento. Dessa forma, a dinâmica da sala de aula se torna democrática, onde os alunos podem decidir o que estudar, como trabalhar e como se organizar no processo de desenvolvimento do PA.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Tem um monstro no meio da história"

Conforme o texto de Thaís Gurgel " Tem um monstro no meio da história ":

"A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação."

É interessante então, que não se interrogue se aquilo que a criança contou é verdade ou mentira, mas devemos sim, incentivá-la a contar mais, entrando em sua fantasia. Normalmente, os professores, ao ouvirem uma história contada por um aluno, sobre violência, já imaginam que a criança está vivendo em um ambiente de brigas em casa, mas nem sempre isso acontece, pode ser apenas ficção. É natural a criança misturar a ficção com realidade para só mais tarde fazer a separação. Outro medo é de que, a mentira, vá se tornar um hábito na vida da criança. Porém como afirma Maria Virgínia: "Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos 'vividos' em seus relatos". Por isso acho muito importante proporcionar o contato desde cedo da criança com as histórias e estimulá-la na sua oralidade, pois assim terá mais facilidade no seu desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
Essa forma de atividade livre, mexeu muito comigo, pois eu não sabia que deixando a criança se expressar contando livremente suas histórias, inventando coisas muitas vezes absurdas, era bom para seu desenvolvimento, às vezes eu até interrompia um aluno para saber se aquilo era mesmo verdade, não deixando que voasse na sua imaginação. Mas agora passei a entrar nas suas fantasias, dando corda para que eles se expressem livremente e mostrando sempre que a história que eles estão contando é muito importante para mim.


Continuando a postagem anterior...

Trago como exemplo da minha aprendizagem com a atividade de teses, sobre a participação dos integrantes do grupo no processo de desenvolvimento do PA, onde aprendi a contra-argumentar com as colegas, o que antes sentia receio em fazer:

Meu argumento: "O trabalho em grupo proporciona uma visão mais ampla através das várias opiniões geradas pelos participantes, onde cada um tem diferentes idéias.Essa socialização é importante na exploração do assunto em questão."

A colega então respondeu:

"O trabalho em grupo parte da ideia central da participação e envolvimento de todos, o que sabemos, nem sempre acontece."

Então contra-argumentei:

"Mas é preciso que os outros componentes do grupo busquem a participação de quem está ausente, incentivando-o, quem sabe dedicando-lhe tarefas, assim este se sentirá parte essencial no grupo."

Antes eu tinha medo de ir contra a idéia de uma colega, ou de ela achar que eu dando um exemplo da minha idéia estaria sendo pretenciosa, chata talvez, mas agora sei que a minha opinião poderá ajudá-la de alguma forma, assim como eu poderei achar respostas para minhas inquietações através dos argumentos de outras pessoas. O exemplo que dei ao contra-argumentar foi uma experiência vivida em um PA que participei, onde deu certo o incentivo dos outros integrantes do grupo a uma colega que estava afastada.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Desenvolvimento de um PA

Achei muito boa a atividade proposta pelo Seminário Integrador, sobre darmos nossa posição em relação ao entendimento que temos sobre o desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem e ao mesmo tempo saber qual é o posicionamento de colegas sobre uma mesma tese. Nessa hora, ficou claro que ao conhecermos a idéia de outros colegas em relação a uma argumentação minha, pode me trazer muitas significações importantes que poderão enriquecer ainda mais minha posição ou me fazer pensar e talvez modificar um pouco minha visão. Essa atividade proporcionou um aprendizado a mais, ser crítica, capaz de argumentar e sustentar minhas idéias, ajudar as colegas a melhorar o seu trabalho e aprimorar ainda mais o meu. Além também de me proporcionar um melhor entendimento do funcionamento de um PA.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social

Conforme o texto "Tem um monstro no meio da história": "A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação." É interessante então, que não se interrogue se aquilo que a criança contou é verdade ou mentira, mas devemos sim, incentivá-la a contar mais, entrando em sua fantasia.

Normalmente, os professores, ao ouvirem uma história contada por um aluno, sobre violência, já imaginam que a criança está vivendo em um ambiente de brigas em casa, mas nem sempre isso acontece, pode ser apenas ficção. É natural a criança misturar a ficção com realidade para só mais tarde fazer a separação. Outro medo é de , a mentira, vá se tornar um hábito na vida da criança. Porém como afirma Maria Virgínia: "Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos 'vividos' em seus relatos". Por isso acho muito importante proporcionar o contato desde cedo da criança com as histórias e estimulá-la na sua oralidade, pois assim terá mais facilidade no seu desenvolvimento da linguagem oral e escrita.



domingo, 11 de outubro de 2009

Libras

Nunca tive a experiência de me comunicar com uma pessoa surda, mas acredito que seria bem difícil me fazer entender, usaria muito os gestos. Sei que para nos comunicarmos com uma pessoa surda é preciso olharmos de frente para seu rosto. Surdo é aquele indivíduo que foi desprovido da audição, mas com sentido da visão muito aguçado, utiliza muito a expressão corporal e gestual para se comunicar. Ele não ouve, mas sente o mundo.

O direito à um intérprete no Brasil, está assegurado em lei pelo menos em dois casos: nos depoimentos e julgamentos de surdos, na área penal, e no processo de inclusão de educandos surdos nas classes de ensino regular. Aos poucos os surdos vão conquistando espaços importantes, até comunidades surdas existem na internet, sendo isso muito importante pois todos tem direito de participar e interagir. Ainda há muito preconceito em relação aos surdos, talvez por falta de conhecimento, pois existem pessoas surdas muito mais instruídas e capazes, que muitas pessoas que ouvem perfeitamente.

domingo, 4 de outubro de 2009

Alfabetização de adultos: ainda um desafio

Cito o trecho do texto "Alfabetização de adultos: ainda uma desafio", de Regina Hara :
"Ao conceber o homem como ser de vocação ontológica para ser sujeito, como um ser de relações atuando na realidade, já se antecipa que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é dinâmico e ativo. Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social."

O homem é um ser social, envolto a um mundo de informações, vivências e conhecimentos. Não basta apenas aprender a ler e escrever, é preciso compreender o processo de alfabetização como um todo, refletir acerca da função social a que a alfabetização está inserida. Por isso é importante que os educadores disponibilizem aos alunos, vários recursos, onde eles possam perceber a grandiosidade de ser alfabetizado, como manchetes de jornais, bulas de remédios, receitas culinárias... Assim estes vão tomando consciência de que ir para a escola não é apenas aprender as sílabas, palavras, e ler um texto, mas estar em sintonia com o mundo através da leitura e escrita.

domingo, 27 de setembro de 2009

Alfabetização como leitura da palavra e do mundo


Achei interessante esse trecho do texto "Alfabetização e a pedagogia do empowerment político" de Henry A. Giroux:
\"... uma teoria da alfabetização crítica precisa desenvolver práticas pedagógicas nas quais, na luta por compreender a vida de cada um, reafirme e aprofunde a necessidade de os professores e os alunos recuperarem suas próprias vozes, de modo que possam tornar a contar suas próprias histórias e, ao fazê-lo, \"conferir e criticar a história que lhes contam em comparação com a que viveram. (...) é importante examinar essa histórias quanto ao interesse e aos princípios que as estruturam e examiná-las como parte de um projeto político (no sentido mais amplo) que pode possibilitar ou solapar os valores e as práticas que proporcionam os fundamentos da justiça social da igualdade e da comunidade democrática. Em seu sentido mais radical, a alfabetização crítica significa fazer com que a individualidade de cada uma esteja presente como parte de um projeto moral e político que vincula a produção do significado à possibilidade da ação humana, comunidade democrática e da ação social transformadora.\"

A meu ver a alfabetização crítica é o que se pretende para que os sujeitos revejam sua história comparando ao seu presente e se posicionando em relação ao futuro, onde professores e alunos recuperem suas vozes, se façam ouvir, participem, mostrem que fazem parte de um projeto muito maior, dentro de uma sociedade política e social e onde é preciso que não se calem, mostrem que são capazes de grandes transformaões. Não basta apenas aprender a ler e escrever para decifrar códigos, mas é preciso ler o mundo, interpretar o que está escrito nas entrelinhas, abrir os olhos para o que está acontecendo, perceber os valores e as práticas que estão por detrás dos acontecimentos. É saber que através da alfabetização o indivíduo pode ser parte ativa da história.

Planejamento

Complementando a postagem anterior, conforme sugestão da Melissa,vou dar uma exemplo de atividade que fiz com meus alunos, avaliei e repensei, modificando o planejamento em função da idade das crianças. Estava trabalhando a higiene e contei a história "A banheira da Alice", ia contando a história e montando a história na parede com desenhos bem grandes e coloridos, a história chamou muito a atenção das crianças, mas ela não tinha fim, eram as crianças que inventavam o final. No ano passado eu tinha uma turma de maternal 2, e costumava fazer assim com eles, que adoravam. Mas esse ano tenho maternal 1, e isso não funcionou, pois eles ficaram me olhando e não saiu nada. O propósito era ajudá-los a realizar um trabalhinho depois com o final que cada um escolheu, depois disso percebi que eles são muito pequenos para isso e agora proponho histórias que tenham um final. Também planejava muitas atividades para uma manhã, mas percebi que as atividades de rotina ocupam muito tempo e sobra pouco para desenvolver atividades pedagógicas e recreativas com eles, portanto diminui as atividades no meu planejamento.

sábado, 19 de setembro de 2009

Planejamento

Maria Bernadette Castro Rodrigues ressalta no texto "Planejamento: em busca de caminhos" que "planejamento é processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis". Concordo com ela, pois ao refletirmos sobre uma atividade realizada, já começamos a pensar na próxima a realizarmos, avaliando o que foi proveitoso, o que pode ser mudado e começamos a planejar novamente. Nesse ano começei a trabalhar com maternal 1, que nunca antes tive experiência, e muitas vezes planejei, realizei, avaliei e percebi que precisava mudar algumas coisas, por exemplo, com atividades mais simples, pois o meu público havia mudado, era de menos idade. Conhecendo melhor a turma, fui avaliando as minhas ações e as reais condições dos meus alunos e planejando de acordo com a turma que eu tinha. Planejar, realizar e avaliar caminham sempre juntos.

domingo, 13 de setembro de 2009

" O menininho "

Respondendo aos comentários da Celi e da Melissa sobre as minhas reflexões sobre o texto de Didática " O menininho " de Helen Buckley, falei sobre as marcas que as práticas pedagógicas deixam em nossas vidas, nos constituindo enquanto indivíduos e que isso me lembrou a minha infância nas séries iniciais, onde não podíamos soltar a imaginação, pois tudo o que fazíamos tinha que ser do jeito que a professora queria. Imagina ter uma professora como essa:

" ...Uma manhã a professora disse:
- Hoje vamos fazer um desenho.
" Que bom!", pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostra como fazer..."

E sempre que o menininho ficava feliz pois poderia criar um desenho, a professora lhe podava, dizendo o que desenhar e de que cor pintar.

Por isso salientei da importância de deixarmos os nossos alunos se expressarem. A professora podia não se dar conta, mas estava deixando uma marca em seus alunos, pois depois que esse menino mudou de escola e a professora nova, deixou-lhe livre para criar, ele já não sabia como agir sozinho, sem que lhe mostrassem todos os passos.

Como formar alunos críticos, inovadores e capazes de tranformar a sociedade, se agirmos como essa professora?



domingo, 6 de setembro de 2009

“Leitura, Escrita e Oralidade como Artefatos Culturais"

O texto“Leitura, Escrita e Oralidade como Artefatos Culturais" de Maria Isabel Dalla Zen e Iole Faviero Trindade nos mostra que não fala-se, escreve-se e lê-se sempre da mesma maneira, pois tudo vai depender da situação em que cada fato ocorre. Numa conversa informal com amigos usamos um vocabulário simples, informal também, diferente por exemplo de uma palestra que precidaria que utilizássemos de uma linguagem mais formal. O mesmo acontece com a escrita, num bilhete, utilizamos um vocabulário simples e ao escrevermos um documento, um ofíco por exemplo, precisamos utilizar uma linguagem formal, já que é o que um documento assim exige. Existem portanto diferenciações na linguagem, escrita e leitura, e que precisamos oportunizar nossos alunos a conhecê-las, já que fazem parte do cotidiano de todos, em jornais, revistas, internet...

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"O menininho"

O texto " O menininho de Helen Buckley, que lemos para a realização de atividade da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, me fez refletir a cerca de como eu como professora estou desempenhando o meu papel de oprtunizar a autonomia de meus alunos, se estou deixando que eles desenvolvam sua imaginação e criatividade sem podá-los, permitindo que eles se expressem de forma livre. Que ruím se colocar no lugar desse menino e ter que fazer tudo o que lhe é imposto para ser bem aceito. Na minha infância isso era bem presente, pois lembro que as professoras davam tudo pronto, só precisávamos completar com a resposta certa ou pintar o desenho que já era nos dado pronto e coisas assim. Não nos era permitido fazer nada diferente, com criação nossa. Isso sempre levo em conta quando estou trabalhando com meus alunos. nesse ano tenho uma turma de materal 1, na educação infantil, são pequenos, mas desde já dou-lhes oportunidade de escolha nas atividades que desenvolvo com eles, podem escolher materiais que mais lhe agradem, as cores de sua preferência, jogos que lhe chamem mais atenção, pois sei o quanto é importante dar a eles a chance de se expressar, de criar, de se sentir valorizados. O resultado é notável nos seus rostinhos felizes. Dessa forma poderão no futuro tornarem-se cidadãos críticos e capazes de transformar a sociedade, sem receio de ousar, de serem barrados e com a consciência de que são livres para lutar pelos seus direitos, respeitando sempre os seus semelhantes.

Mais uma etapa a ser vencida


Começamos então mais um semestre, já quase no final do curso. Espero que este seja tão gratificante quanto foi o anterior. As experiências vividas até agora me trouxeram muita aprendizagem e minha prática docente pôde estar sendo cada vez mais aperfeiçoada. Então mãos a obra com bastante empenho!

sábado, 27 de junho de 2009

Diversidade

No texto Diversidade e Currículo diz que para ensinar uma turma toda, parte-se da idéia de que todas as crianças sabem alguma coisa, e que todas podem aprender, cada um do seu jeito e ao seu tempo. No meu "estudo de caso", Maria sabe muitas coisas e tem um potencial muito grande que precisa ser trabalhado. Todo o caso de inclusão é um desafio para nós professores, pois ele move com nossas estruturas, à procura de estratégias, recursos que nos ajudem a desenvolver um bom trabalho com a turma toda. Acredito que a interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais trouxe um acervo muito grande de conceitos e idéias, que com certeza me serão muito úteis quando eu receber um aluno como Maria ou com outras limitações.


domingo, 21 de junho de 2009

Deficiência mental

A importância do papel do professor é fundamental para que estabeleça a confiança e a auto-estima que levará o aluno com deficiência mental a desenvolver a proposta de ensino com satisfação. O trabalho deve privilegiar atividades espontâneas pois o mais importante é entender como ela aprende. Será preciso uma grande variedade de material pedagógico, lembrando que os materiais do mundo são mais estimuladores do que os que se fabrica, é muito bom o uso de sucatas. A ação pedagógica deverá ser problematizadora num contexto de professor e alunos caminhando juntos.

sábado, 13 de junho de 2009

Conflito moral

Respondendo ao comentário da Melissa, essa atividade " O Clube do Imperador" me levou a confirmar o que já pensava antes, a jamais prejudicar alguém em favor de outro, pois assim estarei sendo coesa com meus princípios e assim passando para meus alunos o que é a justiça, fazendo-os refletir diante dos seus atos e situações do cotidiano. Assim, percebo que essa atividade me ajudou a reafirmar meus ideais, pois agora mais do que nunca trabalho em sala, resgatando valores que são imprecindíveis para o bom relacionamento entre todos, como o respeito, a humildade, a justiça, o perdão... Nós, professores temos a maravilhossa missão de expandir a idéia de que nem tudo está perdido nesse mundo de crueldades e junto com as crianças podemos construir as noções de moral que com certeza não serão esquecidas se bem trabalhadas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A educação depois de Auschwitz

Respondendo ao comentário da Sheila, " Como você acredita que os profissionais da educação poderiam mudar a realidade do mundo para concretizar a questão mais urgente que afirma o autor sobre a "desbarbarização da humanidade?" Digo que os professores podem trabalhar envolvendo o aluno, levando-o a analisar e refletir sobre a realidade que nos cerca, resgatando assim valores de suma importância para uma sociedade justa e igualitária. Assim estará formando pessoas críticas, que vão lutar, tomar posição diante de situações e dizer não às injustiças.

domingo, 7 de junho de 2009

Autismo

Achei muito interessante o texto que fala de Autismo, na verdade eu só tive a oportunidade de conhecer um autista à mais de 10 anos atrás. Conheci um menino que na época tinha 6 anos, mas apenas o vi rapidamente e depois nunca mais conheci ninguém, por isso estava anciosa para ler e saber um pouco mais a respeito disso. Lendo o texto percebe-se o quão complexo é o autismo, a dificuldade dessas crianças em estabelecer relações com o mundo e com as pessoas que as rodeiam. Acredito que deve ser muito difícil ter um aluno autista na sala de aula. Me chamou a atenção o trecho do texto: como diz Trevarthen (1996) é bem possível que o estresse ou depressão possam ser uma decorrência e não uma causa do autismo\", supondo que o estresse familiar pode estar ligado ao aumento das dificuldades da criança, tornando-se um círculo vicioso, pois afinal deve ser muito complicado lidar com uma criança assim, gerando uma desestrutura na família o que passa para a criança e vice-versa. També achei interessante a parte que fala que a criança autista pode parecer em certos momentos que está completamente fechado em seu mundo, mas está percebendo o que está acontecendo ao seu redor, como o exemplo do pai que chamou o dono da locadora de ladrão e o filho autista que estava perto escutou e depois repetiu na frente do homem, fazendo o pai sentir vergonha.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Conflito moral

No filme "OClube do Imperador" o professor Hundert estava em sua sala corrigindo as provas dos alunos. Estes participariam de uma competição sobre conhecimentos da Roma Antiga, concurso Senhor Júlio César. Quando chegou a vez de corrigir a prova do aluno Bell, que era o aluno mais rebelde da sala, que tinha criado vários conflitos, mas que ultimamente parecia estar se modificando, deu-se conta de que ele ficara em quarto lugar. Foi então que se deu conta de que o quarto lugar não participaria do concurso, somente os três primeiros lugares. Passou-lhe pela cabeça que se esse aluno tivesse uma chance, quem sabe poderia se tornar alguém bem diferente do seu pai que era uma pessoa sem escrúpulos, um senador corrupto, podendo então se tornar uma pessoa melhor. Sendo assim, ele alterou a nota do aluno, deixando-o ficar em terceiro lugar e participar assim do concurso. O Professor sempre teve uma vida correta e honesta.


O conflito moral acontece quando ele pensa em decidir entre: abrir mão de seus princípios e dar uma chance para seu aluno, que começa a demonstrar querer melhorar a partir da postura e ensinamentos que o professor lhe dispensa, concedendo-lhe uma nota falsa. Ser justo com o outro menino que realmente conquistou por seu próprio mérito o terceiro lugar ou deixar em terceiro lugar Bell, que sempre foi um problema, envolto em um ambiente de mentira e poder, onde o que prevalece é o dinheiro e não os valores. Então o professoJustificarr resolve forjar a nota do aluno dando-lhe a oportunidade de mudar.

Os princípios morais envolvidos nessa decisão foram a verdade, o caráter, a confiança, a ética, a justiça e a responsabilidade. Ele não agiu de acordo com seus princípios, deixando de ser justo com seus alunos ao alterar as notas dos mesmos e assim causando resultados negativos, como percebemos no decorrer do filme, pois o aluno trapaceia na prova e mais tarde tornou-se um adulto mentiroso e sem virtude nenhuma. Anos depois, esse professor sofre injustiças também, depois de esperar por mais de 25 anos pela indicação a diretoria da escola, ele é substituído por um homem bem mais jovem com novas técnicas de gestão. E ao reencontrar seus alunos em um novo concurso Senhor Júlio César, vê seu aluno, ao qual tinha dado uma chance no passado, trapacear novamente, percebendo que de nada tinha adiantado largar seus princípios em seu benefício.


A decisão que ele tomou não foi uma decisão moralmente correta, pois em momento e situação nenhuma é correto mentir. O correto é ser sempre justo e verdadeiro, principalmente um professor que tem um papel tão importante e no qual os alunos devem se espelhar. Várias vezes o professor dizia "O caráter de um homem é o seu destino", mas na realidade ele não agiu em conformidade com o que dizia.

Conforme leitura do texto “A defesa de Sócrates”: “Nisso reside o mérito de um juiz, o de orador, em dizer a verdade”. O professor naquele momento estava agindo como um juiz, julgando seu aluno, porém sem justiça, na intenção de ajudar, esqueceu-se também que estava cometendo uma injustiça com outro aluno.

sábado, 30 de maio de 2009

Tecnologias Assistivas

Gostei muito de ler sobre o texto da interdisciplina Educação de pessoas com necessidade especiais especiais, que fala sobre Tecnologias Assistivas, aliás gostei de todas as partes do texto, mas essa me chamou a atenção. A tecnologia Assisitiva como opção na escola é muito inportante, pois a mesma se refere a todo o conjunto de recursos e serviços de que o professor pode se valer para melhorar ou ampliar as habilidades funcionais de alunos com alguma deficiência. A tecnologia Assistiva é muito importante, pois dá a oportunidade de participação, de crescimento, de oportunidade da criança com deficiência poder fazer do seu jeito aquilo que os colegas estão fazendo, aumenta a sua auto-estima e a torna mais feliz, se sentindo parte do grupo, sem que seja deixada de lado. Cito aqui um exemplo, da minha filha que tem problemas de motricidade fina e não consegue escrever direito e está quase alfabetizada. A professora percebeu que ela quer aprender, mas tem muita dificuldade e lutou até conseguir uma máquina de escrever elétrica para a sala. Ela ficou muito feliz, depois disso percebemos que ela gosta mais das atividades oferecidas na escola, demonstrando um bom crescimento. E em casa gosta muito de escrever palavras no computador e jogar.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A educação depois de Auschwitz

Depois de realizar a leitura do texto de Adorno, pude perceber que o autor faz menção a acontecimentos de horrores ocorridos no passado, como o holocasuto, e que de certa forma continuam a fazer parte dos nossos dias atuais, salientando barbaries de que o homem é capaz de cometer contra seu semelhante. A educação pode ser uma maneira de modificar essa realidade da civilização como se refere o autor no texto "Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita é primordial", salientando que esse fato não tenha sido bem trabalhado, existindo assim a possibilidade de acontecer novamente. Inclusive, cita que a sociedade como um todo sofre uma pressão, e que aquilo que a anos atrás aconteceu, pela estrutura e características da sociedade atual, nos leva a crer que continua se reproduzindo, visto que todos os dias vimos acontecer verdadeiras barbaries e ninguém faz nada para mudar isso. A educação pode ser um canal de conscientização das civilizações, para que descruzem os braços e lutem por uma sociedade igualitária para todos.

É preciso que as pessoas tenham consciência dos atos que realmente importam como valores para o bem de todos, mas a mudança precisa acontecer dentro de nós, para que tenhamos coragem de dizer não para as injustiças que vemos acontecer todos os dias, numa sociedade com uma política educacional, econômica e social corrompida, que forma cidadãos sem esperança, sem identidade e sem valores, e a educação é um meio de romper as barreiras do comodismo, promovendo a transformação dos sujeitos.

A escola deve fazer a diferença para mudar uma realidade histórica, conflituosa e destruída que nós mesmos ajudamos a construir, evitando que a barbarie seja generalizada em toda a civilização. Os profissionais de educação têm a missão de agir com responsabilidade ética e com compromisso com a verdade. Conforme afirma o autor “ a questão mais urgente da educação contemporânea é a desbarbarização da humanidade", através da educação pode-se fazer alguma coisa para mudar a realidade do mundo.

sábado, 23 de maio de 2009

Perguntas de investigação

Respondendo ao comentário da Melissa, as evidências do meu crescimento em relação à formulação de perguntas para o desenvolvimento de projetos de aprendizagem são que, dessa vez procurei uma pergunta que abordasse um assunto interessante, pois ela deve abranger novas relações, sem respostas rápidas. Ao pensar em alguma, logo vinha na minha cabeça, essa não é boa, pois logo vai estar respondida e o projeto não terá mais sequência, ou, essa é abrangente, pois pode levar à muitas aprendizagens. Também posso dizer que cresci, considerando as críticas e opiniões feitas pelos colegas na primeira pergunta desenvolvida para o primeito PA e a pergunta de agora, pois a maioria foi a favor da minha pergunta de agora, dizendo ser abrangente e de muitas aprendizagens, o que não aconteceu antes. Quanto à avaliar a pergunta das colegas, achava muito difícil fazê-lo, mas depois me dei conta de que assim estaria ajudando os colegas, pois a minha opinião e a dos demais, pode auxiliálo a aperfeiçoar a sua pergunta para que assim possa desenvolver um bom PA.

sábado, 16 de maio de 2009

Questões raciais

A proposta de atividade da interdisciplina de Questões Étnico-raciais na Educação, era entrevistar um aluno negro para saber como ele se sentia como tal,na escola. Me senti muito frustrada, quando, por incrível que pareça, ouvi de um diretor de escola, que eu não poderia fazer a entrevista na sua escola, pois lá não era tratada essa questão em sala de aula por causa dos conflitos e que esse assunto era muito delicado e que não poderia tirar da sala um aluno, pois iria atrapalhar o trabalho do professor, me aconselhou a procurar as famílias e conversar com os pais. Fiquei impressionada, pois o que aprendemos é que devemos trabalhar com nossos alunos a igualdade, o respeito, a união de raças e de etnias. Eu, com uma turma de maternal 1, já estou trabalhando com essas questões, envolvendo a família deles e se esse trabalho é feito desde pequenos envolvendo a comunidade escolar, essas crianças com certeza quando estiverem no fundamental e sempre bem orientados não serão racistas e nem sofrerão racismo ou preconceito no futuro.

Projeto de Aprendizagem

Percebo que mesmo depois de já ter realizado um PA, ainda é difícil a atividade de formular perguntas, não perguntas simplesmente, mas perguntas que tenham um agregado de relações que possam ser exploradas. Acredito que tenha sido porque não fui acostumada a fazer perguntas, a ser crítica na escola. E isso é o que queremos que nossos alunos sejam, críticos, investigadores, que não se satisfaçam com simples respostas, mas é preciso que eu como professor também seja assim. Estou devagar conseguindo, mas o mais difícil que acho é analisar o trabalho dos colegas, mesmo que saiba que é para melhorar, é difícil criticar!

sábado, 9 de maio de 2009

Estádios do desenvolvimento

Respondendo ao comentário da Melissa em relação ao estádio do desenvolvimento em que os meus alunos se encontram , eu digo que a maioria deles completou um aninho no final do ano passado, portanto muitos estão no estádio sensório-motor, porém ressaltando que a idade não quer dizer muito em estar num estádio ou outro. Cito um exemplo da minha turma, uma menina que está com um ano e sete meses e seu desenvolvimento é bem diferente de alguns que estão com um ano e três meses, ela não caminha, não interage com os colegas, enquanto os outros estão a mil, podendo dizer que estão no estádio pré-operatório, onde a fantasia já faz parte das suas brincadeiras, brincando de mamãe e filhinhos com as bonecas, construindo animais, carros e outras coisas com lego.

sábado, 2 de maio de 2009

Estádios do desenvolvimento

Segundo o texto Epistemologia Genética e construção do conhecimento, " Para a aplicação da teoria de Piaget ao ensino não é suficiente termos em conta os nomes dos estádios do desenvolvimento e as idades médias em que ocorrem e as suas principais características". Isso quer dizer que cada indivíduo tem o seu tempo, podendo crianças de mesma idade estarem em estádios diferentes, porém a ordem de sucessão desses estádios será sempre a mesma.

sensório-motor - (do nascimento até por volta de um ano e meio, dois anos)

Este estádio baseia-se, principalmente, na experiência imediata através dos sentidos em que há interação com o meio.

pré-operatório (de aproximadamente um ano e meio até mais ou menos sete anos)

Este estádio também chamado pensamento intuitivo é fundamental para o desenvolvimento da criança. Apesar de ainda não conseguir efetuar operações, a criança já usa a inteligência e o pensamento. Este é organizado através do processo de assimilação, acomodação e adaptação. Neste estádio a criança já é capaz de representar as suas vivências e a sua realidade, através de diferentes significantes: jogo, desenho, linguagem, imagem e pensamento, animismo, realismo, finalismo, artificialismo.

operatório-concreto por volta dos sete até em torno dos doze anos;

É a partir deste estádio (operações concretas) que começam a ver o mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia.

operatório-formal - desde cerca dos doze anos, perdurando pela vida adulta

A transição para o estádio das operações formais é bastante evidente dadas as notáveis diferenças que surgem nas características do pensamento. É no estádio operatório formal que a criança realiza raciocínios abstratos, não recorrendo ao contato com a realidade.

retas) que começam a ver o mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mosaico


Em relação a minha postagem anterior, a Melissa me sugeriu colocar uma foto do mosaico que fiz com meus alunos, e questionou se eu considero a foto como evidência, e eu respondo que sim, pois ela está mostrando o resultado do trabalho realizado com as crianças, as várias origens das quais os meus alunos são descendentes e todo o material rico que a família deles levou para a escola, mostrando sua participação na atividade.

domingo, 19 de abril de 2009

Mosaico

Confesso que quando li a atividade do mosaico que tínhamos que desenvolver na interdisciplina de questões étnico-raciais na educação: sociologia e história, pensei : - como vou fazer isso tendo uma turma de maternal 1? Fiquei apreensiva pois as crianças são pequenas e a maioria quase não fala ou fala muito pouco. Mas aí percebi que isso não era um obstáculo, pois eu poderia trabalhar com a família deles também a questão das raças e etnias, pois é lá que tudo começa, a consciência de igualdade, respeito pelos semelhantes nas suas diferenças ou o preconceito, a vergonha, o racismo... Então, como estava trabalhando a família, aproveitei para dar começo a atividade, mandei um bilhete informativo para os pais e pedi fotos, recortes de jornais e revistas ou objetos que lembrassem suas origens. E funcionou, as famílias mandaram várias fotografias, apareceram indigenas, alemães, italianos, russos, negros.. Foi muito legal, pois os pais falaram sem vergonha de suas origens, é claro que sempre tem aqueles que não participam. E com as crianças, foi também muito bom, pois conversamos sobre as famílias, as diferenças, o carinho que devemos ter com todos os coleguinhas, que todos são amigos,observaram as fotos, e mostramos com quem na sala se pareciam nas características como cor da pele, dos olhos, cabelos... Vieram também recortes de comidas tipicas dos italianos e alemães.

Essa experiência foi muito boa, no primeiro momento achei que não seria válido pois eles são muito pequenos, mas como diz a coordenadora da minha escola "pode parecer que eles não estão entendendo nada, mas pode ter certeza que uma sementinha tu estarás plantando". E com o envolvimento da família, tenho certeza que contribuí para que eles se conscientizem da importância da inclusão, do respeito às individualidade das pessoas e assim possam passar para os seus filhos também.



terça-feira, 14 de abril de 2009

Análise do PA

Quando nos foi solicitado fazer a análise do PA de um grupo de colegas, pensei que seria muito difícil analisar. Mas como me enganei! Comecei a ler o projeto e cada vez queria saber mais para descobrir as resposta para a questão de investigação do grupo, que passou a ser minha dúvida também. A questão foi muito bem formulada, pois a mesma é do interesse de muitas pessoas, já que fala de fenômenos climáticos e que cada vez mais estão ocorrendo no mundo e muito próximo de nós, preocupando a todos. É muito bom dividirmos o nosso trabalho com os colegas, pois aquilo que é importante para mim, pode ser também muito interessante para os outros, além de podermos interagir com o grupo também podemos dar nossa opinião para deixar o projeto ainda melhor.

sábado, 11 de abril de 2009

Respondendo à Melissa...


No comentário que fiz sobre argumentos, premissa e conclusão, disse que agora tinha entendido como argumentar através da atividade desenvolvida na interdisciplina Filosofia, e a Melissa perguntou-me então se eu sabia agora o que era evidência também, e respondendo a sua pergunta digo que
evidência é o que possibilita a conclusão do argumento. A conclusão de um argumento, só se dá diante da evidência, por isso um argumento por si só não tem apoio. O que comprova são as evidências. Uma vez encontradas as evidências, se transformam em conclusão do argumento, pois o argumento é apresentado para justificar uma conclusão com o objetivo de convencer.


sábado, 4 de abril de 2009

Argumentos, premissas e conclusão

No nosso curso sempre fomos lembrados de fazer bons argumentos, que o nosso blog deveria conter aprendizagens bem argumentadas, mas na verdade eu não sabia se estava argumentando bem ou não a cada postagem feita. E na primeira atividade da interdisciplina de Filosofia aprendi realmente como construir um argumento e confesso que eu achava que era tudo invertido, que a conclusão era o final do argumento, Então compreendi que a conclusão é o fato que eu quero explicar e as premissas são todas as explicações que eu vou dar para convencer as pessoas de que essa conclusão é ou não certa. Essa aprendizagem foi muito importante, pois assim, posso agora argumentar, sabendo como fazer.

Uma aprendizagem a mais!

Cada vez vou acrescentando mais uma coisinha para ampliar minhas aprendizagens tecnológicas, dessa vez tentava enviar o convite do meu pbwiki para a professora e tutoras e não conseguia, uma coisa tão simples, mas não dava certo, então pedi ajuda pelo bate-papo para a colega Sirlei, e assim descobri como era. A interação entre colegas é muito inportante, pois uma visão diferente pode nos abrir o caminho, para coisas que às vezes nos parecem difíceis.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O eu e o outro

A atividade da interdisciplina de Questões etnico-raciais na educação: sociologia e história, na aula presencial, foi muito interessante pois deveríamos nos descrever, nos olhando no espelho e depois fazíamos o mesmo com um colega, e algumas caracterìsticas que uma não tinha percebido sobre si , a outra colega descreveu. E na primeira atividade: como me vejo e como os outros me vêem, foi como uma autoavaliação, comparando traços físicos semelhantes aos meus familiares, e também, comportamentos que tenho, alguns bons e outros não tanto, que herdei de meus familares. Percebi, também que eu pouco sei dos meus antepassados, portanto não conheço bem a minha história, e por isso preciso pesquisar para poder me entender melhor também.

domingo, 29 de março de 2009

Pedagogia Relacional

Nela o professor tem a função de estimulador, possibilitando aos alunos problematizar as ações de cada conhecimento novo que traz para a sala,pois busca sempre uma aprendizagem significativa para o aluno, trazendo-lhe atividades que dizem respeito ao seu cotidiano. Acredita que o aluno pode além de aprender, também ensinar, o mesmo acontecendo com o professor.Eu acredito que depois de toda essa caminhada no PEAD, minha visão está ampliada, já acreditava na pedagogia relacional, e agora mais do que nunca vejo o quanto ela é necessária para o sucesso escolar. A escola deve ser um ambiente onde ocorra a pedagogia relacional sim, onde na sala haja uma interação entre o professor e os alunos, onde o professor e o aluno possam construir ensinando e aprendendo juntos, e os alunos entre si possam ajudar-se fazendo uma troca construtiva. Pena que muitos professores ainda atuem com uma pedagogia diretiva, onde só ele é o dono da verdade, ele "ensina" e os alunos "aprendem".

domingo, 22 de março de 2009

Inclusão

Lendo os textos da história da Educação Especial, percebe-se o quanto eram reprimidos e condenados todos aqueles que eram portadores de alguma necessidade especial, e que muita coisa mudou para melhor, mas ainda há muito para ser feito, pois de nada adianta incluir sem proporcionar um bom atendimento. Se numa sala tivermos uma inclusão, mas não for dado a esse aluno estímulo e possibilidades de interação e crescimento para ele, por falta de preparo, estaremos da mesma forma que lá no início da história fazendo a mesma coisa, ou seja, deixando de lado esse aluno, e assim excluindo. Na verdade, na nossa prática pedagógica lidamos com a diversidade na sala de aula, precisando atender de maneiras diferentes os alunos, para que todos possam construir o conhecimento. Assim sendo, onde há um bom preparo dos educadores, a inclusão pode sim ser muito significante, pois tanto aqueles com maior dificuldades. quanto os outros alunos, saem ganhando nessa interação, pois é trabalhado aí, a troca, a cooperação, o coleguismo, onde todos se sintam parte importante de um grupo em busca de aprendizagem.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Reflexão do eixo V


Olá a todos! Que bom retornar aos estudos novamente depois de umas merecidas férias! Bom, falando de reflexão do trabalho desenvolvido no semestre anterior, posso dizer que foi muito proveitoso, tanto no sentido dos conhecimentos adquiridos em tecnologia, como no sentido do trabalho em grupo, em equipe, onde um precisava da ajuda do outro para desenvolver um bom trabalho. E essa foi uma experiência muito importante para mim, como aluna e também como professora. Achei a aprendizagem através dos PAs, muito valiosa, pois dessa forma, cada um precisa ir à procura do saber, descobrindo as respostas para as suas dúvidas, sem ganhar nada pronto. E para o semestre que estamos iniciando, espero que seja tão produtivo quanto o anterior, com assuntos interessantes e que possam ser bem aproveitados na nossa prática pedagógica.