Achei interessante esse trecho do texto "Alfabetização e a pedagogia do empowerment político" de Henry A. Giroux:
\"... uma teoria da alfabetização crítica precisa desenvolver práticas pedagógicas nas quais, na luta por compreender a vida de cada um, reafirme e aprofunde a necessidade de os professores e os alunos recuperarem suas próprias vozes, de modo que possam tornar a contar suas próprias histórias e, ao fazê-lo, \"conferir e criticar a história que lhes contam em comparação com a que viveram. (...) é importante examinar essa histórias quanto ao interesse e aos princípios que as estruturam e examiná-las como parte de um projeto político (no sentido mais amplo) que pode possibilitar ou solapar os valores e as práticas que proporcionam os fundamentos da justiça social da igualdade e da comunidade democrática. Em seu sentido mais radical, a alfabetização crítica significa fazer com que a individualidade de cada uma esteja presente como parte de um projeto moral e político que vincula a produção do significado à possibilidade da ação humana, comunidade democrática e da ação social transformadora.\"
A meu ver a alfabetização crítica é o que se pretende para que os sujeitos revejam sua história comparando ao seu presente e se posicionando em relação ao futuro, onde professores e alunos recuperem suas vozes, se façam ouvir, participem, mostrem que fazem parte de um projeto muito maior, dentro de uma sociedade política e social e onde é preciso que não se calem, mostrem que são capazes de grandes transformaões. Não basta apenas aprender a ler e escrever para decifrar códigos, mas é preciso ler o mundo, interpretar o que está escrito nas entrelinhas, abrir os olhos para o que está acontecendo, perceber os valores e as práticas que estão por detrás dos acontecimentos. É saber que através da alfabetização o indivíduo pode ser parte ativa da história.
domingo, 27 de setembro de 2009
Alfabetização como leitura da palavra e do mundo
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