domingo, 25 de outubro de 2009

Trabalho por Projetos

Conforme o texto de Fernando Hernández, o trabalho por Projetos está vinculado com a perspectiva do conhecimento globalizado e relacional. O trabalho por Projetos favorece a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação e a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio. Os aspectos positivos e desafiadores do trabalho por Projetos são:

-valoriza o que o alunos já tem de conhecimento sobre o assunto, suas hispóteses (verdadeiras, falsas ou incompletas) frente ao assunto a ser abordado no projeto;

- promove a aprendizagem de forma prazerosa e desafiadora por ser do interesse dos alunos;

- proporciona um aprendizado interdiciplinar, envolvendo várias áreas do conhecimento; que possibilitarão a construção de aprendizagens que desencadearão novas aprendizagens;

- favorece a construção do conhecimento de forma coletiva, desenvolvendo a cooperação e respeito entre os integrantes do grupo;

- o professor auxilia os alunos no decorrer do Projeto, servindo como um desafiador e não como detentor do saber;

- desenvolve a autonomia dos alunos, na procura de informações para responder questões;

O trabalho com projetos é muito interessante tanto na Educação Infantil como nos Anos Iniciais. Porém o desenvolvimento é diferente entre eles, pois na educação infantil as crianças não sabem ler e escrever, é preciso que seja muito lúdico e concreto, com muitas imagens, fotos, materiais concretos, envolvendo a participação da família para ser mais significativa. Nos anos Iniciais podem ser desenvolvidas atividades mais diversificadas, sendo trabalhados conteúdos específicos.

Conforme o texto na Educação Infantil a criança aprende à construir definições de objetos e fatos, a partir de seus atributos e funções e a definir a funcionalidade destes objetivos e fatos. Nas Séries Iniciais compreende a explicação dos processos de transformação que há sobre os fatos e a relação existente entre eles, estabelecendo relações causais ou funcionais sobre eles e a abordagem que os alunos fazem das informações, ordenando-as e dando-lhes significações.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Perguntas e mais perguntas...

Desde de cedo, logo que começam a falar, as crianças já começam a perguntar, perguntam sobre tudo. Ao interagir com o mundo e com as descobertas de novas situações a cada dia, formulam respostas, algumas certas e outras erradas, num processo natural no decorrer do seu desenvolvimento. Conforme o texto "Revisando os Projetos de Aprendizagem em tempos de web 2.0" ..."a escola deveria oferecer situações em que os alunos fossem instigados a seguir fazendo perguntas e a buscar explicações para os problemas que se colocam e desafiá-los..." E os PAs são uma ótima opção para que os alunos perguntem mais e possam construir conhecimento partindo de questões formuladas por eles, que surgem a partir da sua história, dos seus valores, dos seus interesses e que a partir do momento que são trazidas para o trabalho pedagógico na escola, se tornam fontes ricas de aprendizagens. Dessa forma haverá agrupamentos de alunos por interesses, onde haverá uma troca muito válida, em que todos poderão aprender o que realmente lhes interessa, trabalhando as diferenças e aceitação de opiniões diferentes, na construção do conhecimento. Dessa forma, a dinâmica da sala de aula se torna democrática, onde os alunos podem decidir o que estudar, como trabalhar e como se organizar no processo de desenvolvimento do PA.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Tem um monstro no meio da história"

Conforme o texto de Thaís Gurgel " Tem um monstro no meio da história ":

"A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação."

É interessante então, que não se interrogue se aquilo que a criança contou é verdade ou mentira, mas devemos sim, incentivá-la a contar mais, entrando em sua fantasia. Normalmente, os professores, ao ouvirem uma história contada por um aluno, sobre violência, já imaginam que a criança está vivendo em um ambiente de brigas em casa, mas nem sempre isso acontece, pode ser apenas ficção. É natural a criança misturar a ficção com realidade para só mais tarde fazer a separação. Outro medo é de que, a mentira, vá se tornar um hábito na vida da criança. Porém como afirma Maria Virgínia: "Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos 'vividos' em seus relatos". Por isso acho muito importante proporcionar o contato desde cedo da criança com as histórias e estimulá-la na sua oralidade, pois assim terá mais facilidade no seu desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
Essa forma de atividade livre, mexeu muito comigo, pois eu não sabia que deixando a criança se expressar contando livremente suas histórias, inventando coisas muitas vezes absurdas, era bom para seu desenvolvimento, às vezes eu até interrompia um aluno para saber se aquilo era mesmo verdade, não deixando que voasse na sua imaginação. Mas agora passei a entrar nas suas fantasias, dando corda para que eles se expressem livremente e mostrando sempre que a história que eles estão contando é muito importante para mim.


Continuando a postagem anterior...

Trago como exemplo da minha aprendizagem com a atividade de teses, sobre a participação dos integrantes do grupo no processo de desenvolvimento do PA, onde aprendi a contra-argumentar com as colegas, o que antes sentia receio em fazer:

Meu argumento: "O trabalho em grupo proporciona uma visão mais ampla através das várias opiniões geradas pelos participantes, onde cada um tem diferentes idéias.Essa socialização é importante na exploração do assunto em questão."

A colega então respondeu:

"O trabalho em grupo parte da ideia central da participação e envolvimento de todos, o que sabemos, nem sempre acontece."

Então contra-argumentei:

"Mas é preciso que os outros componentes do grupo busquem a participação de quem está ausente, incentivando-o, quem sabe dedicando-lhe tarefas, assim este se sentirá parte essencial no grupo."

Antes eu tinha medo de ir contra a idéia de uma colega, ou de ela achar que eu dando um exemplo da minha idéia estaria sendo pretenciosa, chata talvez, mas agora sei que a minha opinião poderá ajudá-la de alguma forma, assim como eu poderei achar respostas para minhas inquietações através dos argumentos de outras pessoas. O exemplo que dei ao contra-argumentar foi uma experiência vivida em um PA que participei, onde deu certo o incentivo dos outros integrantes do grupo a uma colega que estava afastada.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Desenvolvimento de um PA

Achei muito boa a atividade proposta pelo Seminário Integrador, sobre darmos nossa posição em relação ao entendimento que temos sobre o desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem e ao mesmo tempo saber qual é o posicionamento de colegas sobre uma mesma tese. Nessa hora, ficou claro que ao conhecermos a idéia de outros colegas em relação a uma argumentação minha, pode me trazer muitas significações importantes que poderão enriquecer ainda mais minha posição ou me fazer pensar e talvez modificar um pouco minha visão. Essa atividade proporcionou um aprendizado a mais, ser crítica, capaz de argumentar e sustentar minhas idéias, ajudar as colegas a melhorar o seu trabalho e aprimorar ainda mais o meu. Além também de me proporcionar um melhor entendimento do funcionamento de um PA.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social

Conforme o texto "Tem um monstro no meio da história": "A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação." É interessante então, que não se interrogue se aquilo que a criança contou é verdade ou mentira, mas devemos sim, incentivá-la a contar mais, entrando em sua fantasia.

Normalmente, os professores, ao ouvirem uma história contada por um aluno, sobre violência, já imaginam que a criança está vivendo em um ambiente de brigas em casa, mas nem sempre isso acontece, pode ser apenas ficção. É natural a criança misturar a ficção com realidade para só mais tarde fazer a separação. Outro medo é de , a mentira, vá se tornar um hábito na vida da criança. Porém como afirma Maria Virgínia: "Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos 'vividos' em seus relatos". Por isso acho muito importante proporcionar o contato desde cedo da criança com as histórias e estimulá-la na sua oralidade, pois assim terá mais facilidade no seu desenvolvimento da linguagem oral e escrita.



domingo, 11 de outubro de 2009

Libras

Nunca tive a experiência de me comunicar com uma pessoa surda, mas acredito que seria bem difícil me fazer entender, usaria muito os gestos. Sei que para nos comunicarmos com uma pessoa surda é preciso olharmos de frente para seu rosto. Surdo é aquele indivíduo que foi desprovido da audição, mas com sentido da visão muito aguçado, utiliza muito a expressão corporal e gestual para se comunicar. Ele não ouve, mas sente o mundo.

O direito à um intérprete no Brasil, está assegurado em lei pelo menos em dois casos: nos depoimentos e julgamentos de surdos, na área penal, e no processo de inclusão de educandos surdos nas classes de ensino regular. Aos poucos os surdos vão conquistando espaços importantes, até comunidades surdas existem na internet, sendo isso muito importante pois todos tem direito de participar e interagir. Ainda há muito preconceito em relação aos surdos, talvez por falta de conhecimento, pois existem pessoas surdas muito mais instruídas e capazes, que muitas pessoas que ouvem perfeitamente.

domingo, 4 de outubro de 2009

Alfabetização de adultos: ainda um desafio

Cito o trecho do texto "Alfabetização de adultos: ainda uma desafio", de Regina Hara :
"Ao conceber o homem como ser de vocação ontológica para ser sujeito, como um ser de relações atuando na realidade, já se antecipa que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é dinâmico e ativo. Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social."

O homem é um ser social, envolto a um mundo de informações, vivências e conhecimentos. Não basta apenas aprender a ler e escrever, é preciso compreender o processo de alfabetização como um todo, refletir acerca da função social a que a alfabetização está inserida. Por isso é importante que os educadores disponibilizem aos alunos, vários recursos, onde eles possam perceber a grandiosidade de ser alfabetizado, como manchetes de jornais, bulas de remédios, receitas culinárias... Assim estes vão tomando consciência de que ir para a escola não é apenas aprender as sílabas, palavras, e ler um texto, mas estar em sintonia com o mundo através da leitura e escrita.